Localização
Avenida da República, 300
2750-475 Cascais
+351 214 826 970
Horário
3ª a domingo: das 10h às 18h
Público Geral: 5€
Residentes: 2.5€

Exposições/

Paula Rego/ Fondation Calouste Gulbenkian/

PAULA REGO

 

Fondation Calouste Gulbenkian

Délégation en France

 

Centre Calouste Gulbenkian

25 de Janeiro a 1 de Abril 2012

Fondation GulbenkianPaula Rego – Anjo, 1998

 

A Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a Fundação Paula Rego/Casa das Histórias apresenta em Paris, pela primeira vez, uma exposição representativa da consagrada artista britânica Paula Rego, nascida em Lisboa em 1935. A artista, que trabalha sobre a memória de um tempo de infância vivido em Portugal, teve a sua formação artística em Londres, cidade onde vive.

Reunindo um conjunto de trabalhos desenvolvidos entre 1988 e 2010, período de total maturidade da artista, a exposição que não assume qualquer propósito retrospectivo, (con)centra-se na escolha das séries temáticas que mais contribuíram para o reconhecimento internacional da sua força e originalidade.

Com uma selecção de pinturas, desenhos e gravuras, num discurso narrativo onde se cruzam outras disciplinas artísticas, como a literatura, o cinema, ou o  teatro, e a pluralidades das suas fontes, eruditas e populares, Paula Rego apresenta-se como um artista figurativa que domina os instrumentos técnicos e os recursos estilísticos dos grandes mestres, para desenvolver uma linguagem plástica que age sobre o seu tempo, que o perturba ou comove, que interpela  o espectador e o transforma. As séries sobre o Aborto (Untitled) (1998) ou a Mulher Cão (1994) são exemplos de uma vigorosa acção sobre as consciências e os comportamentos, onde as mulheres surgem inesperadamente representadas com uma aura de vitalidade, determinação e poder.

Os temas atravessam muitas das complexas áreas das relações humanas, o lado obscuro e emocional da sua natureza e a ambiguidade da sua acção, filtrados por uma consciência feminina e interventiva. Dir-se-á que é uma voz incondicionalmente feminina, mas acima de tudo é a sua voz, o seu ponto de vista, único e  inconfundível. Em 1998 a artista pintou um Anjo, guardião e vingador, figura feminina que transporta uma espada e uma esponja,  símbolos da Paixão. É à sua volta que se representa o drama humano e o escrutínio impiedoso das suas emoções.